quinta-feira, 17 de maio de 2012

MARCILIANO BRAGA

Nascido em Pouso Alegre, no dia 21 de Abril de 1864, filho de José Maria Braga e Dona Ambrosina de Vilhena Braga, era casado com Dona Rita Braga de Sá. Chegou à cidade de Varginha, procedente de Pouso Alegre, no dia 15 de Novembro de 1901, atendendo a um convite que o então Vigário da Paróquia, Revmo. Padre José Maria Mendes lhe enviara, a fim de organizar aqui uma corporação musical para serviços religiosos, o que foi executado logo após a sua chegada, tendo dado à referida corporação o nome de “Santa Cruz”. Exerceu o cargo de fiscal municipal na presidência do Cel. Antônio Justiniano de Rezende Xavier e do Cel. Joaquim da Silva Bittencourt. Em 1906, foi nomeado Professor da Escola Municipal, e, mais tarde, professor da Escola que a Liga Operária Varginhense mantinha. Em 1910, recebeu uma portaria do Revmo. Bispo de Campanha, D. João de Almeida Ferrão, nomeando-o ‘Mestre da Capela’ da Igreja Matriz local. Foi um dos mais fecundos compositores musicais do Sul de Minas; dentre as suas inúmeras gravações destaca-se a “Chave de Ouro”, valsa escrita em 1912, e gravada por diversas casas de música da capital. Foram seus alunos de música os Senhores Doutores José Marcos, Alaor Barbosa Nogueira, Manoel Rodrigues, e os Senhores José Fenocci, Miguel Leônidas, José Fortunato de Almeida, Jayme Bittencourt e muitos outros. Marciliano Braga foi colaborador do Jornal “A Pátria”; membro da comissão que construiu a Igreja Matriz, a Igreja do Rosário e reformou a Capela Santa Cruz. Foi ainda Regente da Banda de Música do Colégio São Luiz de Elói Mendes e lecionou música no Ginásio Sagrado Coração de Jesus. Foi professor de música do Revmo. Cônego Lauro, do Monsenhor Felipe e do Cônego Aristides de Oliveira. Marciliano Braga compôs em diversos gêneros musicais como: valsas, tangos, sambas carnavalescos, marchas, maxixe, além de composições para piano, música para canto coral e uma missa completa.

Faleceu no dia 8 de abril de 1933, em Varginha. O seu enterro, realizado no mesmo dia, teve grande participação de amigos. À beira do túmulo falou, comovendo o auditório, o jovem Dr. Joaquim Severino de Paiva.


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